sexta-feira, 29 de julho de 2011

Dez regras simples para educar crianças


*Princípios são os faróis na escuridão. Eles nos ajudam a enfrentar qualquer situação porque indicam por onde devemos seguir.
*O relacionamento que você mantem com seus filhos determina como eles se comportarão e o tipo de pessoa que se tornarão.
*Crianças precisam se sentir gostadas. O amor é quase automático, mas gostar é claramente uma escolha. Amar é um dever, gostar é ter prazer. As brincadeiras são a graxa na engrenagem.
*Crianças são sempre famintas por atenção Fazendo o paralelo aos tubarões, elas são capazes de devorar uma vaca inteira em atenção de uma só vez. Tubarões famintos são desobedientes e descontrolados, e você certamente não quer um desses na sua casa. Mantenha-os bem alimentados.
*Você precisa se lembrar de alimentar o que é bom e deixar o que é ruim morrer de fome. Bons comportamentos devem receber generosas porções de atenção e elogios. O mau comportamento deve levar o mais frio dos gelos.
*Crianças precisam de cercas (colocadas pelos pais- grifo meu). Limites anunciam: "Você pode chegar até aqui, mas não pode passar deste ponto."
seja consistente. Busque a consistência absoluta se achar que deve, mas não se cobre demais se em algum dia você não atinjir seu objetivo.
*Discordâncias são naturais e fazem parte do progresso. Já o desrespeito é uma coisa totalmente diferente...
*Parar, pensar e planejar as ações. (Lembrei da essência "eu vejo você", expressão muito bem usada no filme Avatar. Outro grifo meu!)
*Quando analiso o comportamento de qualquer criança, não importa quem seja ou que esteja fazendo, sempre parto da premissa de que o comportamento é o meio que ela está usando para dizer algo que não consegue ou não quer expressar com palavras. Todo comportamento é comunicação.
*Ter filhos é convidar as forças do caos para dentro da sua vida. Programar a loucura que é educar os filhos é tão impossível quanto prever a ocorrência de tornados. Quando o vento começa a soprar, voc6e larga tudo o que está fazendo.

(Do livro "Por dentro da cabeça do seu filho", de Nigel Latta, Ed. Fundamento)

terça-feira, 12 de julho de 2011

Um ato de amor

Hora do intervalo na escola estadual. Lá no pátio as crianças brincam, correm,
brigam, conversam, paqueram. Nasala de professores, coloca-se assuntos em dia.
Uns atualizam seus diários de classe, outros folheiam o jornal, a maioria conversa
sobre o salário e tudo quanto ele jamais poderá comprar. De repente, a conversa é
interrompida pelo ingresso repentino de uma jovem, com roupa de enfermeira,
solicitando uma desesperada ajuda:
- Por favor. Será que alguém pode ajudar. Estamos lá no hospital, aqui ao lado, com
um paciente “aberto” e o médico desmaiou. O anestesista nega-se a continuar a
cirurgia e eu não sei o que fazer. Será que algum dos professores pode ir até lá e dar
continuidade à operação?
Não. Infelizmente não. O ato cirúrgico é um procedimento altamente profissional e
somente especialistas em saúde podem promovê-lo. O professor pode sentir extrema
solidariedade pelo paciente e até pela enfermeira em seu santo desespero. Mas, nada
pode fazer para ajudar. Nenhum professor é especialista em atos cirúrgicos.
Não é, também, especialista em atos jurídicos. Para isso existem advogados e, se
chamados a defender um réu, certamente teriam a dignidade de recusar. Toda
sociedade brasileira compreende que o ato cirúrgico é para o médico, o ato
econômico, para o economista, o ato jurídico, para o advogado... e assim por diante.
Compreende, enfim, que cada profissão se expressa pela execução de sua missão,
através do exercício de um perito especialista no uso dessas habilidades.
Será que compreende, mesmo?
Infelizmente compreende em parte. O ato pedagógico, o riais nobre dos gestos de
amor, é ministrado por professores, mas muitos crêem que também médicos,
engenheiros, advogados, administradores, sapateiros, farmacêuticos, mecânicos,
meteorologistas e sabe-se lá mais quem mais, podem “dar uma aula”. Afinal, basta
conhecer um assunto e ir lá à frente falar sobre o mesmo...
Infelizmente poucos sabem que a verdadeira aula consiste em ensinar a aprender,
treinar a atenção, desenvolver habilidades, fazer do conteúdo um instrumento para a
descoberta de soluções novas. A sociedade brasileira, com raras exceções, ainda não
descobriu que, se existem aulas que não levam ninguém a lugar algum, existem
outras que constroem o ser humano e exploram toda incrível potencialidade de suas
múltiplas inteligências.
A verdadeira aula é um nobre ato. O ato pedagógico é o ato do amor.
(Celso Antunes, em "Marinheiros e Professores")

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Ubuntu!

A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.
Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade,a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?
Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"
Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...
UBUNTU PARA VOCÊ!

Ostra feliz não faz pérola!


Ostra feliz não faz pérola...

As pérolas são uma ferida curada .
Pérolas são produto da dor, resultado da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia .
A parte interna da concha de uma ostra é uma substância lustrosa chamada nácar . Quando um grão de areia penetra, as células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas para proteger o corpo indefeso da ostra . Como resultado, uma linda pérola é formada . Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada .
Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de um amigo ? Já foi acusado de ter dito coisas que não disse ? Suas idéias já foram rejeitadas ou mal interpretadas ? Produza uma pérola …
Cubra suas mágoas e as rejeições sofridas com camadas e camadas de amor .
Lembre-se apenas de que uma ostra que não foi ferida, não produz pérolas, pois uma pérola é uma ferida cicatrizada . Infelizmente, são poucas as pessoas que aprendem a não cultivar ressentimentos, e por isso deixam as feridas abertas, alimentando-as com sentimentos inferiores, não permitindo que cicatrizem, e daí o haver tantas ostras vazias . Não porque não tenham sido feridas, mas porque não souberam compreender, perdoar e transformar a dor em amor . Fabriquemos pérolas !

(Se alguém souber me avise eu coloco o autor, se não me engano é do Augusto Cury!)